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A Confissão de Stavróguin – Dramatização

  • celsonhupfer
  • 18 de out. de 2024
  • 12 min de leitura

Celson Hupfer e Paula Moro

Descrição geral da trama

O niilista Nicolai Stavróguin, de Os Demônios, de Dostoiévski, se propõe a visitar o monge Thikon com o objetivo de lhe confessar seu crime de importunação sexual da pequena Matrioshka, de apenas 12 anos. O crime foi cometido há alguns anos e, na sequência, a vítima se sente tão culpada que acaba se suicidando, via enforcamento. Nicolai assiste a tudo isto impassivelmente e mesmo com algum prazer. A confissão foi escrita no exterior (ocidente) e contém alguns erros que o narrador optou por corrigir.

Dada a falta de sinceridade de Nicolai em sua confissão, o monge recusa uma absolvição, o que irrita o personagem principal. A confissão propriamente dita respeita quase na integralidade o texto oferecido por Nicolai ao monge. A trama envolverá quatro personagens:

Personagens:

  1. Ator (que representa Nicolai)

  2. Nicolai (membro da elite local)

  3. Gervásio (consciência[1] de Nicolai)

  4. Thikon (monge)

CENA 1: [Ator, sentado na plateia, começa solilóquio em tom de preocupação, mas assertivo.]

[ator]_ Quando aceitei este papel fiquei muito empolgado com a possibilidade de representar um personagem de alguém que considero um dos maiores romancistas de todos os tempos. A ideia de dramatizar um dos textos mais difíceis de Dostoievski complica bastante, mas, por isso mesmo, é um mega desafio. Pensar se os demônios que atordoavam a mente de Dostoievski há 150 anos ainda fazem sentido hoje é bem estimulante. Mas agora, [pausa] [levanta-se e caminha hesitante em direção ao palco enquanto pronuncia a fala seguinte.] preciso descobrir como apresentar essa personagem de modo honesto, sem sobrepor meus próprios valores e crenças numa personalidade que, pra dizer o mínimo, é dúbia. [Senta-se na cadeira vazia no palco e continua a fala.] O que sei é que Nicolai está se propondo a confessar um crime de fato hediondo que ele cometeu quando era mais jovem. Mas por que ele quer fazer isso agora? E por que ele procura um monge pra fazer isso, o monge Thikon, que tinha fama de ser santo? Mais do que isso, o que Dostoiévski queria com esta confissão, que ele nunca chegou a publicar, mas que parece fundamental para entender alguém que encarnava a maldade como muito poucos? Ele queria dar algum ar de humanidade a esse personagem? Ou queria mostrar que a maldade não tem limites mesmo?

CENA 2: [Ator levanta-se com energia e coloca no pescoço uma echarpe que estava pendurada no encosto da cadeira, posiciona-se num dos cantos do palco com ar cansado.]

[Nicolai] _ Gewissen! Gewissen, está aí? [Gervásio sobe ao palco com lentidão e dificuldade de se movimentar.]

[Gewissen] _ [com enfado] Eu tento estar sempre por perto, você já deveria saber disso a esta altura…

[Nicolai] _ Sei que já faz um tempo, mas acho que vou precisar de você hoje.

[Gewissen] _ [Olha para a plateia com ar de descrença, mas dirige a fala a Nicolai.] O que é desta vez?

[Nicolai] _ Ainda não tenho certeza… [Boceja e se estica um pouco, mostrando que acabara de acordar.] mais um dia, já acordo meio cansado...parece que quanto menos eu faço, menos energia eu tenho...não quero nem tomar meu café hoje…

[Gewissen] - [tom professoral e irônico] Se precisasse trabalhar para manter todo esse luxo, talvez não sentisse tanto tédio…

[Nicolai] – [ignorando a fala de Gewissen] Acho que vou visitar aquele monge de quem o Chátov me falou ontem.

[Gewissen] - [com ar de interesse e espanto] O monge Thikon?

[Nicolai] –  É… Já tinham me falado dele...vai ser interessante ver a reação de um homem que chamam de santo

[Gewissen]: Vai fazer o quê lá?

[Nicolai]: Ainda não tenho certeza! Acho que vou levar pra ele aquela confissão que escrevi quando estava na França.

Gewissen: _ Ué! Por que agora?  O que espera dele?

Nicolai: [com indiferença] Vou dar pra ele ler…

Gewissen: _deixa eu entender. Você acha que se ele, um homem santo, te perdoar, você vai se sentir melhor? Será que vai conseguir ser sincero desta vez?...

Nicolai: [gesticula desnecessariamente e demonstrando indiferença] É possível… é por isso que vou dizer que  vou mandar esta confissão para um monte de gente importante...lembra, devo ter umas trezentas cópias mesmo...

Gewissen: sei, sei! A mim você não pega...sei muito bem que você só me chama quando quer parecer que está falando a verdade...como ontem lá com a Maria, com quem você se casou para pagar uma aposta e agora esconde de todo mundo...

Nicolai: [gesticulando de modo a imitá-la com ar ridículo] Coitada da manca! O que tem ela? Fiquei muito irritado com ela ontem...

Gewissen: Claro! Ela sabe muito bem quem você é! Ela parece meio fraca das ideias, mas sabe que você não passa de um impostor...e pensa que eu não percebi o que você acabou fazendo?

Nicolai: Como assim? [ar irônico e tom infantil] Eu fui direto pra casa depois de falar com ela...

Gewissen: eu vi quando você jogou o dinheiro para o escroque do Fiedkha...ele sabe muito bem que você quer que ele dê um fim nela e no irmão...assim você mata dois coelhos numa cajadada só...se livra do casamento com a manca e do achaque do cunhado bêbado...

Nicolai: não enche o meu saco! Vamos voltar ao que interessa. Eu vou lá no mosteiro, vou mostrar a confissão para o monge  e ver o que ele acha...como ele é um homem santo, sei lá...pode ser que eu também vire um santo...hahaha...o que acha? Mas, pra dar certo, eu preciso que você esteja o tempo inteiro à vista....você precisa mostrar a ele que está comigo e que, na verdade, não sou eu que está confessando, mas você. Aí ele vai pensar que é de verdade!

Gewissen: [com ar de submissão] Você sabe que eu não tenho como não te acompanhar e não tenho como impedir de você me mostrar pra ele, apesar de na maioria das vezes eu ser apenas um peso morto e você só me utilizar para parecer que não é tão escroque assim.

Nicolai: não me diga o que eu já sei...só preciso que você fique lá bem à vista... o resto você deixa comigo…[atores congelam e música alta marca o fim da cena]

CENA 3 [assistentes sobem ao palco e instalam três cadeiras, duas de frente e a terceira atrás de uma delas; Tikhon [transparece confiança e simplicidade] entra em cena e se senta na primeira cadeira; Nicolai e Gewissen entram na sequência, Nicolai senta-se de frente para o monge e Gewissen atrás de Nicolai.

Tikhon: bom dia meu jovem...fazia tempo que eu te esperava!

Nicolai: [ar surpreso] você me conhece? Quem te falou de mim? Aposto que foi aquele tagarela do Chátov...

Tikhon: não...ninguém me falou de você...eu te conheço através de tua mãe, a Generala...

Nicolai: ela vem aqui também?

Tikhon: com alguma frequência...uma pessoa muito digna...

Nicolai: não me diga que sabe também porque eu vim...

Thikon: não faço a menor ideia...aceita um copo de água?

Nicolai: obrigado...estou sem muito tempo pra perder...por isso quero entrar logo no assunto que me trouxe até você...

Thikon: [olhando para Gewissen com dificuldade porque Nicolai está na frente; Nicolai olha para trás e aparenta satisfação com Gewissen ...] fale meu filho...o que aflige teu coração?

Nicolai: [tentando olhar o monge] eu vim fazer uma confissão, mas tenho algumas dúvidas também e gostaria de saber sua opinião.

Thikon: [com ar interessado e carinhoso] O senhor não parece bem!

Nicolai: [surpreso] Dá para perceber? [pensativo] É verdade, tenho sentido e pensado sobre novos ímpetos em minha alma, alguns pensamentos, conflitos até… [hesitante] o senhor acredita no mal?

Thikon: Claro! Os demônios existem, mas suas formas variam absurdamente.

Nicolai: E Deus? Existe?

Thinkon: Evidentemente!

Nicolai: E é possível crer no demônio sem crer em Deus?

Thikon: Ah, sim! É muito comum!

Nicolai: E pensa que isso é melhor do que a ausência de fé em Deus?

Thikon: [dirigindo-se a Nicolai e dando a entender que ele seja indifirente] De jeito nenhum! É melhor crer que nem Deus nem o demônio existem do que ser indiferente! Quem crê que eles não existem, manifesta uma crença. Mas quem é indiferente...eu diria que não tem como ter qualquer propósito...consegue me entender?

Nicolai:[irritado e um pouco agressivo, levanta-se num ímpeto e começa a sair de cena.] Acho que vim ao lugar errado!

Gewissen: [levanta-se e segura Nicolai]:[Nicolai e Gewissen falam em coro olhando para o monge] Na verdade vim te fazer uma confissão...aliás, tenho ela escrita aqui comigo...gostaria que você a lesse [Gewissen tira um papel do bolso, passa a Nicolai que o entrega ao monge] e me dissesse o que acha de tudo isso...na verdade mesmo, eu só trouxe pra você porque amanhã mesmo vou dar publicidade a tudo o que está escrito aí...vou mandar cópias para os jornais e para as autoridades da nossa província...talvez seja bom eu fazer isso...ainda não sei...

Thikon: _ de que se trata?

Nicolai: _ [com ar de desprezo] Na verdade, eu fui como que obrigado a escrever essa confissão e teria sido muito feliz se ela pudesse ter me livrado desse peso, porque, pra falar a verdade de novo, eu só queria uma oportunidade pra me sentir leve, algo como um “fica tranquilo”...

Thikon: mas é um texto muito grande...vou levar um tempão prá ler isso...

Nicolai: não tenho pressa....peço, por favor, que leia...fico quieto aqui com Gewissen..(O Monge aparenta estranhamento, porque não vê mais ninguém com o Nicolai?)

[Thikon pega o papel e começa a leitura sem revelar qualquer expressão. Gewissen fala em voz alta o que Thikon lê…]

Gewissen: nesta época, eu vivia uma vida de devassidão, com muitas bebedeiras, provocações e vidas amorosas...tinha três casas...em uma recebia uma senhora da sociedade...na outra, uma criada de quarto...cheguei a fazer um projeto de arranjar o encontro entre as duas, só prá me divertir, já que uma não sabia da outra...a casa em que recebia a criada era alugada por uma família pobre, que sub-locava os espaços e, ao mesmo tempo, ganhava a vida trabalhando para os inquilinos...a família era composta do pai, que praticamente nunca aparecia, a mãe e uma filha de 12 anos, a Matriochka. Tanto o pai quanto a mãe batiam muito na Matrioshka, muitas vezes na minha frente e por qualquer motivo...tenho que confessar que me dava um certo prazer ver a menina apanhar...uma das vezes em que bateram nela, foi porque eu dei conta da falta de um canivete que eu achava que tinha deixado em cima da mesa...acabei encontrando ele, mas como sabia que ela ia apanhar, resolvi não contar nada, só prá ver a menina levar mais uma surra...nesta ocasião, no entanto, foi a primeira vez que eu reparei nela...era tão miudinha que eu não olhava prá ela....mas, de repente, vi que tinha um rostinho bem bonitinho e já estava ficando um tanto interessante...um dia desses, quando soube que ela estaria sozinha em casa, resolvi ficar por lá e me aproximar dela...era tão ingênua a pequena...sentei do lado dela no chão...ela tremia de medo...peguei a mão dela e beijei suavemente...ela, meio envergonhada, sorriu e, de repente, voou no meu pescoço e começou a me beijar de todo o jeito...estava num verdadeiro êxtase...cheguei a pensar em sair dali....mas, por que não? Pensei...deixei rolar...quando tudo acabou, deixei de lhe dar carinho e me aprontei prá ir embora...de repente, ela percebeu o que tinha acontecido e ficou apavorada...fiquei uns dias sem aparecer....eu tinha um pouco de medo de que ela pudesse abrir a boca...cheguei mesmo a me aterrorizar....era um pouco de medo, misturado com algum prazer, porque eu sabia que, na hora do vamos ver, seria a minha palavra contra a dela...depois de alguns dias, voltei lá e fiquei sabendo que ela estava doente, com febre e delirava...não sabiam porque...me ofereci para pagar um médico...afinal isso podia me ajudar caso algo aparecesse...quando vi ela, eu não posso negar que me dava prazer em ver ela e não falar com ela...tive até mesmo um momento a sós com ela...neste momento percebi o desespero dela quando levantou a mãozinha e fez uma ameaça em minha direção...mesmo assim, fiquei por ali...algo certamente iria acontecer...eu tinha certeza disso...ela saiu, foi para um quartinho...resolvi esperar mais um pouco...tudo ficou muito silencioso...não ouvia mais sinal dela...depois de um tempo, decidi que era hora de eu ir embora....dei uma olhada para ter certeza que não tinha ficado nem um traço da minha presença...espiei por uma fresta só prá ter certeza e vi o que vi...saí sem fazer barulho...ninguém me viu sair...no dia seguinte vieram me contar que ela tinha sido encontrada enforcada naquele quartinho...eu confesso que tive uma sensação de alegria por ter me libertado do medo de ser denunciado, ao mesmo tempo em que sabia que nunca poderia me considerar uma pessoa de bem...lembrei até de um provérbio antigo que diz, “a gente não sente seus próprios maus cheiros”...eu sabia que era uma pessoa má, mas não tinha vergonha disso...só me sobrou uma reflexão: eu não sabia diferenciar o bem e o mal e tudo não passava de um certo preconceito...era só  se livrar dele e dava prá ter uma enorme sensação de liberdade...pensei que tudo isso tinha sido por um simples canivete...prá falar a verdade, eu acho que o que me incomodou de fato foi que eu senti medo...eu ficava muito irritado por isso...na minha situação, eu acho repugnante ter medo…prá falar a verdade, eu não estou nem aí, se as pessoas morrem ou se matam, elas que se fodam…eu tenho minha vida, posso fazer o que quiser e só devo resposta a mim mesmo…afinal, prá que serve a liberdade se tenho que ficar me preocupando com as decisões dos outros?...foi nessa época que decidi casar com a manca Maria, irmão do meu colega de bebedeira, o Capitão Liebiatkin...ela me parecia uma débil mental e casar com ela, mesmo que em segredo e por causa de uma aposta, era muito divertido....me assegurei, é claro, que ninguém abrisse a boca sobre o assunto...ela era idiota demais prá isso....o irmão poderia me dar algum trabalho...e deu, porque vivia me cobrando dinheiro...depois disso, decidi deixar aquela vida louca...pouco a pouco, no entanto, as lembranças do passado me vinham à memória...cheguei mesmo a sonhar com alguns desses momentos e, lembro que num desses sonhos, até chorei...mas eu não tenho certeza se isso era arrependimento ou algum tipo de consciência...tinha certeza que antigamente eu podia conviver muito bem com tudo isso e repetir cada um desses atos...aliás, agora mesmo, acho que sou capaz de me afastar da lembrança de Matrioshka...eu continuo dono de minha vontade, continuo achando que a minha liberdade me permite fazer o que tenho vontade...e isso vai ser assim, até o fim da vida, quando eu acho que vou morrer louco...por isso, decidi escrever essa confissão e fazer um monte de cópias...algum dia eu quero que todo mundo me veja como eu sou...pra falar a verdade, não sei bem porque quero que todo mundo veja isso…às vezes me dá uma certa satisfação quando penso que os outros sabem quem eu sou, que eu faço o que quiser com minha liberdade, que eu sou foda e não tenho medo de nada, inclusive de contar prá todo mundo o que fiz….é claro que eu não dei todas as pistas de onde e quando isso aconteceu...não me lembro do endereço, não lembro dos nomes daquela família, mas, se a polícia quiser encontrar pode me encontrar...se me procurarem, eu vou me apresentar...

[Thikon parou a leitura, tirou os óculos e olhou para Nicolai…]

Thikon: acha que poderia se modificar um pouco o texto?

Nicolai: porque, acha que não é sincero?

Thikon: nada disso, eram só correções de estilo...quanto ao conteúdo, [ar de incompreensão] o que pretende com isso? dá pra ver que o que está escrito aí vem de um coração profundamente atormentado...até parece ter vindo de uma necessidade de arrependimento muito sincera. [Ao dizer isso, Thikon se dirige para Gewissen, voltando-se novamente para Nicolai, diz:]

Thikon: mas, o estranho é que o senhor parece que desde o início despreza todos aqueles que leem este texto...dá a impressão que você desafia a todos...é como se o senhor dissesse que, ao não ter vergonha de confessar, também não tem vergonha de se arrepender...na verdade parece que o senhor tem medo...

Nicolai: medo? De quê?

Thikon: em muitos momentos o senhor adota um estilo bem forçado, como se estivesse se admirando de sua psicologia ou personalidade, atendo-se a detalhes mínimos, como se somente quisesse causar espanto nos outros...parece que é um desafio orgulhoso que lança contra um juiz...

Nicolai: Ah, não enche o saco...o que não consigo entender é que, mesmo depois de ler tudo isso, vejo que o senhor não faz a menor manifestação de desgosto ou de vergonha...parece que não sente asco pelo que fiz…

Thikon: Espera aí...é claro que fiquei indignado...o senhor não podia ter feito mal maior a esta menina....mas o mundo está cheio desse tipo de pecado...alguns  convivem com eles, se arrependem ou dão um jeito...no seu caso, o que vejo é que não está interessado em ser perdoado...

Nicolai: de você, na verdade, esperava o perdão...dos outros [pausa] não...aliás, eu gostaria mesmo que os outros me odiassem...se eu pudesse forçaria todos a me odiar...isso me daria um mega prazer…saber que sou odiado por todo mundo…

Thikon: pois é....acha que pode fazer uma nova violência para se livrar da anterior...

Nicolai: e se eu quisesse me perdoar de fato, o que eu deveria fazer?

Thikon: eu não tenho esperanças com você...na verdade, sou muito pessimista...só haveria uma forma...ficar cinco ou sete anos, ou quanto tempo achar necessário, isolado do mundo, um templo budista,por exemplo, ou engajar-se numa ação social, e aguardar o que pode lhe acontecer....não há garantias também nisso...

Nicolai: o senhor está me propondo tornar-me monge?

Thikon: não necessariamente....somente faça um esforço sincero de sair desta sua vida...dedique-se a uma causa de verdade, seja capaz de se compadecer com a dor dos outros...

Nicolai: o que você me pede é ridículo...é obvio que não faz o menor sentido...

Thikon: meu caro, o que eu vejo é que você está muito perto de cometer outra barbaridade ou violência como esta...só prá evitar a publicação desta....

Nicolai: maldito psicólogo...

E sai levando Gewissen...


[1] Consciência: Gewissen, em alemão

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